sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Náufrago e Outros

               É interessante por vários motivos, mas especialmente por um.
              Às vezes eu tenho vontade de exterminar este blog. Ele não traduz exatamente a minha ideia de "Blogger". Nossa, eu não pararia para ler isto, tem ideia do que isso significa?
              "É como mergulhar nm rio e não se molhar..."
              
               ...Brincadeira.
 
               Eu fico me imaginando no lugar de "O Náufrago". Acho que eu não iria durar tanto (o filme acabou e ele continuou). Acho que é uma alusão às utopias humanas. Tem um oceano pela frente, uma bola com uma cara e você. Como a personagem era um estudado, levando em conta que pra humanidade chegar lá cada cidadão deveria atravessar o seu próprio oceano e que, lastimavelmente, cerca de 9% da população brasileira é analfabeta, acho que só o Náufrago propriamente dito sobreviveria. Chegando "lá", como o resto todo estaria se afogando no meio do Oceano, ele não recuperaria a sanidade mental e morreria mais só do que nunca e, ainda por cima, sem o Wilson. 

 
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quarta-feira, 25 de abril de 2012

                   Loucura pode ser definida em uma palavra, sim.
                  Apesar da relatividade inquestionável e apesar do apesar de os hospícios serem a estatueta da contradição sobre o Monte Olimpo.
                  Como é que um ser humano pode pensar em tédio, muito menos sentir isso? Gostaria de decretar a invalidez deste sentimento. Ou melhor, falta de. Tédio é a ausência dele. Tédio é como o gosto do xuxu sem gosto. Ilustrando:  
Eu queria colocar um espaço em branco, mas não deu muito certo. Então NADA melhor que ilustrar um nada com a palavra NOTHING, que de um jeito ou de outro, já não é mais "nada".


               Caracoles. A pessoa pode estar morrendo que não vai estar entediada. Não que eu seja um perito no assunto. Mas pense bem: se até alguém nesta situação não sente tédio, como você pode sentir? (Isso tá até parecendo livro de auto-ajuda, pode falar). Pessoalmente, tem bastante tempo que eu não sinto tédio ou, para maior compreensão, não tomo água de xuxu sem gosto. Vai ler um livro. Vai andar. Liga pra alguém (pode ser pra mim, se eu deixar, é claro). Ou então vai pegar dengue, eis o melhor remédio pós-remédio pra tédio. Logo, logo que a pessoa fica curada, vê o poder de se estar bem. Então ela faz coisas que simplesmente não brotariam em seu cérebro antes da doença... dengue é horrível. Enfim.
                
                 Outra solução é entrar no Google. Nunca nada foi tão criativo. Quer apostar? Digita "nada" no Google e coloca em "imagens". Sai coisas do tipo:

                 Mas, se depois de tudo o que eu disse você não se convencer de que o tédio é a água sem gosto do xuxu, experimente pedir aos seus pais, se possível, um irmãozinho/ irmãzinha. Tu fica louco e implora pelo tédio. E é aí que você aprende que tédio não existe. Foi assim comigo.